terça-feira, 20 de agosto de 2013

Importância do gado período colonial e nos dias de hoje

Crianças, segue um texto complementar sobre a importância do gado no período colonial...vamos enriquecer esse espaço com as contribuições de vcs!!!



Durante o período colonial, a empresa açucareira foi o grande investimento dos portugueses nas terras brasileiras. Contudo, as necessidades de consumo das populações nativas serviram para o desenvolvimento de outras atividades econômicas destinadas à subsistência. Tais empreendimentos econômicos ficaram comumente conhecidos como atividades acessórias ou secundárias e costumava abranger o plantio de pequenas e médias culturas e produção de algodão, rapadura, aguardente, tabaco e mandioca.

Nesse cenário a atividade pecuarista também começou a ganhar espaço com a importação de algumas reses utilizadas para o trabalho nos engenhos de açúcar. Com o passar do tempo, o crescimento do rebanho de gado acabou causando problemas no interior das plantações de açúcar, que tinham parte de sua plantação destruída pela ação desses animais. Com isso, o lucro a ser alcançado com a produção açucareira se incompatibilizava com a incômoda presença do gado dentro das fazendas.

A questão chegou a ser tratada pelas autoridades metropolitanas, que estabeleceram um decreto que proibia a realização de qualquer atividade pecuarista nas regiões litorâneas do Brasil. A medida, apesar de seu caráter visivelmente restritivo, acabou impulsionando a criação de gado no interior do território de forma extensiva com o uso de pastagens naturais. Segundo algumas estimativas, no século XVII, a atividade alcançava várias regiões nordestinas e contava com mais de 600 mil cabeças.

Além de se constituir enquanto uma atividade econômica alternativa aos projetos de exploração colonial, a pecuária também instituiu novas relações de trabalho alheias ao uso da mão-de-obra escrava. Geralmente, a pecuária necessitava de um pequeno número de trabalhadores e tinha sua mão-de-obra composta por trabalhadores livres de origem branca, negra, indígena ou mestiça. Além disso, o pagamento pelos serviços prestados era comumente realizado com o repasse de novos animas que surgiam no rebanho.

Com o surgimento das atividades mineradoras nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a pecuária ampliou seu mercado consumidor estabelecendo novas frentes de expansão no Nordeste e na região Sul do território. Além de servir para o abastecimento da população, a atividade pecuarista também consolidou um próspero comércio de eqüinos e muares usados para o transporte de pessoas e mercadorias. Geralmente, eram organizadas feiras em alguns centros urbanos do interior onde esses animais eram negociados.

Além de ocupar uma importante posição no ambiente colonial, a expansão da pecuária foi de grande importância no processo de ampliação do território. Paralelamente, após a decadência da atividade mineradora no interior, a pecuária também se consolidou como uma nova atividade que substituiria o vazio econômico deixado pelo escasseamento das minas.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

http://www.brasilescola.com/historiab/pecuaria-no-periodo-colonial.htm

3 comentários:

  1. A pecuária chegou ao Brasil no século XVI, na época das capitanias hereditárias, por Tomé de Sousa, encontrando condições favoráveis ao seu desenvolvimento. O gado inicial era de raça zebuína. Esta veio com o propósito de transportar cargas e pessoas e de movimentar os engenhos com os chamados trapiches como força motriz.
    No século XVII, com o maior desenvolvimento da cidade de Salvador, o gado foi, naturalmente, levado a regiões mas afastadas: da Praia do Forte até a região de Feira de Santana.
    Inicialmente, a pecuária estava vinculada à economia de subsistência, fornecia couros e carnes para o consumo interno das grandes propriedades. Esse foi um grande passo para o começo da primeira grande comercialização interna da colônia.
    Interiorização[editar]

    Fator essencial no povoamento de novas terras, o gado, no início, era propriedade dos donos de engenho e somente em meados do século XVII surgiu a figura do proprietário da fazenda de gado.
    Foi nessa época, também, que o gado tomou a direção do interior, com uma estrutura baseada na grande propriedade, no trabalho livre e assalariado e na técnica extensiva.
    Durante a descoberta do ouro nas Minas Gerais as culturas pecuárias estendeu pela bacia do São Francisco, pelo cerrado do planalto central. Desde essa época, o Rio São Francisco ficou conhecido como "Rio dos currais". Ao mesmo tempo surgia uma cultura pecuarista nos pampas sulistas, com reses oriundas do gado fugido das missões jesuíticas.
    No Sul, as primeiras fazendas de gado datam do início do século XVIII e o consumo de charque integrou a região economicamente ao resto da colônia, principalmente ao Sudeste.
    Nas últimas décadas do século XVIII a região de Pelotas começou a dominar os mercados brasileiros, pois o Nordeste era muito povoado e portanto chegou a um ponto que passou a produzir menos do que consumia, o que fez o mesmo importar do Sul também [carece de fontes].
    No século XX Minas Gerais ganhou um papel importante para a pecuária leiteira com a expansão agrícola e pecuarista principalmente no Triângulo Mineiro.


    FELIPE AUGUSTO

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  2. obrigado,tinha uma lição de história e tinha duvida

    Bjs..

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